AMÓ – Lugar de Bem Viver
O AMÓ é um espaço cultural de arte e sustentabilidade, situado entre as margens do Rio Maquiné e a Reserva Biológica da Serra Geral. O espaço se propõe a investir em pesquisa e criação artística, produção de eventos culturais, assim como a promoção de cultura agroecológica e economia solidária. O espaço foi criado pela fotógrafa Mirella Rabaioli, o performer e produtor cultural Pascal Berten e sua filha Lena.
Quem somos
Mirella Ramos Rabaioli experimenta novas formas de bem viver: com mais autonomia, responsabilidade social e ambiental, sentindo na pele as mudanças das estações. Gosta de levantar paredes de barro, fotografar partos, cuidar da horta, brincar com a Lena e celebrar com amigos e família pequenos grandes momentos.
Pascal Berten é performer, produtor cultural e co-criador do AMÓ – Lugar de Bem Viver. Trabalha com educação de crianças, jovens e adultos há mais de 15 anos. No AMÓ se dedica às suas filhas Lena e Manu à bioconstrução, ao plantio agroecológico e à realização de atividades culturais.
De onde vem AMÓ
AMÓ são todas aquelas frutinhas gostosas que a gente encontra em árvores ou arbustos na calçada, na beira de estrada ou na mata. Pitangas, acerolas, mirtilo brasileiro, framboesas silvestres, amoras … para nossa filha Lena todas elas são AMÓ. E ela ama as AMÓ. Então dedicamos o nome desse lugar entre as margens do Rio Maquiné e a Reserva Biológica da Serra Geral a ela e às frutinhas que ela tanto ama.
Para falar sobre o que nos orienta no nosso fazer, pegamos emprestadas as palavras que introduzem o livro O BEM VIVER do equatoriano Alberto Acosta:
“Um sistema com desigualdades gritantes sobrevive há séculos, com o apoio de milhões e a subordinação de bilhões. Agora, nos conduz ao suicídio coletivo. As promessas do progresso, feitas há mais de quinhentos anos, e as do desenvolvimento, que ganharam o mundo a partir da década de 1950, não se cumpriram. E não se cumprirão. Contra problemas cada vez mais evidentes, Alberto Acosta resgata o conceito de sumak kawsay, de origem kíchwa, e nos propõe uma ruptura civilizatória calcada na utopia do Bem Viver, tão necessária em tempos distópicos, e na urgência de se construir sociedades verdadeiramente solidárias e sustentáveis. Uma quebra de paradigmas para superar o fatalismo do desenvolvimento, reatar a comunhão entre Humanidade e Natureza e revalorizar diversidades culturais e modos de vida suprimidos pela homogeneização imposta pelo Ocidente.”
Experimentamos outro viver. Ao observar, criar e construir nos deparamos com processos que na vida urbana não estão aparentes. Alimento, moradia, abastecimento com água e energia não se resolvem com uma ida ao supermercado ou abrir uma torneira. Fazendo com as próprias mãos nós tornamos mais conscientes do significado e da origem de tudo que nos consumimos. E nos damos conta que para quase tudo precisamos da ajuda de outrxs. Somos muito felizes em ter familiares, amigxs e apoiadorxs que compartilham esse caminho conosco.